Santo Antão, o
Pai dos Monges
(c. 251-356)
Antônio
do Egito, mais conhecido como Santo Antão, foi um dos primeiros casos de que se
têm registro no eremitismo oriental, está inserido no grupo dos chamados padres
do deserto.
Formou
seus primeiros discípulos, que decidem renunciar ao mundo e se agrupar em torno
dele. Desta época - que podemos situar aproximadamente em 305 - data de
fundação da primeira comunidade cristã no Egito. Ainda não é um mosteiro, mas,
no máximo, uma laura, um agrupamento de anacoretas, submetidos a uma ascese e a
um modo de vida relativamente livres. Esta primeira comunidade, Antão a
estabelecera às margens do Nilo, não longe da fortaleza de Pispir, perto da
atual aldeia de Deir-el-Maimum.
Este
grupo, segundo a tradição cristã católica, comporia os primeiros eremitas e
cenobitas que habitavam nos desertos do Oriente.
Santo
Antão, com seu exemplo de devoção e penitência, além de seus supostos dons
taumaturgos, começou a atrair os primeiros discípulos que se agrupam em
pequenas celas rústicas no deserto.
Ele
não era sacerdote, os eremitas raramente participavam da vida eclesiástica
local, o eremita, como aponta Bolton fazia um protesto velado a toda a
instituição clerical que se criou durante o processo de desintegração do mundo
romano e ascensão do cristianismo, rejeitando a intervenção humana dos bispos e
patriarcas, alguns chegam a crer que tinham sido ordenados pelo próprio Cristo.
Santo
Antão, portanto, é o fundador da vida monástica primitiva individual. Faleceu
no dia 17 de janeiro de 356, com 105 anos.