BLOG DO PROFº ROBERTO CATARINO
domingo, 28 de abril de 2013
Santa Maria , a egípcia
Conhecida também como Santa Maria do Egito, a eremita
Viveu nos de 500 DC .A historia de Maria é muito conhecida da cristandade na Idade Media.
Maria teria começado a sua vida no Egito, era linda e teria sido uma prostituta com 17 anos de idade e era cínica e totalmente desencantada da vida e detestava o dinheiro. Na verdade ela não amava a nada.
Um dia ela, por curiosidade se uniu a um grupo de peregrinos para conhecer Jerusalém.
Em Jerusalém uma força irresistível não a deixava entrar na igreja junto com os outros peregrinos. Mas em frente a uma imagem da Virgem Maria (de acordo com outra versão: no Santo Sepulcro) ela sentiu a enormidade dos seus pecados e recebeu uma visão mandando ela ir para o deserto após o Rio Jordão, onde encontraria a paz.
Imediatamente Maria foi para o deserto e apenas levou com ela três pedaços de pão. Ela se confessou e comungou no monastério de São João Batista, mas não ficou lá e deixou os monges penalizados com a sua determinação de ir para o deserto. Diz a tradição que ela conseguiu ficar 48 anos no deserto sofrendo de sede e de frio Ela comia algumas frutas e suas roupas viraram farrapos. Algumas vezes se via tentada a voltar a vida de pecado mas a Virgem Maria sempre dava a ela a fortaleza que precisava. Ela não sabia ler, mas recebia dos anjos a instrução da fé cristã.
Havia um monge chamado Zósimo que nos conta o que sabemos sobre Maria. Ele era um velho homem e viveu em um monastério na Palestina por 53 anos . Todo ano após a Sexta Feira da Paixão, ele ia para o deserto meditar e a cada ano ele caminhava alguns dias a mais do que o ano anterior. Certo ano ao caminhar 20 dias alem do anterior, ele parou para descansar e estava orando quando viu alguém a sua frente. A principio pensou ser o demônio, mas depois viu que se tratada de Maria e ela era uma pessoa extremamente magra, tão magra que apesar de quase nua, não tinha seios e ele não a distinguiria de um homem. Ela estava tostada pelo sol, preta e seca como um velho pedaço de madeira.
O monge foi até ela mas ela gritou "Antes coloque um manto sobre mim ,porque eu não tenho roupas". Ele a perseguiu até uma moita onde ela se escondeu. "Pelo amor de Deus", disse ele, "que faz aqui? e por quanto tempo está aqui?"
"Zósimo, respondeu ela , "por favor dê-me seu manto, me abençoe e perdoa-me os meus pecados e eu sairei daqui".
(não se sabe como ela sabia o seu nome).
Pelos seus escritos, Zósimo deu detalhes sobre ela.
Maria a Egípcia falou sobre a bíblia que ela inexplicavelmente conhecia muito bem.Zósimo ficou impressionado o seu conhecimento espiritual e a sua sabedoria.
Maria disse a Zósimo : "Deixe o seu manto e só volte no próximo ano na Sexta da Paixão e venha com a Eucaristia para mim, e não diga uma só palavra a ninguém."
Como havia prometido ele retornou no ao seguinte na Sexta Santa e deu a ela a santa comunhão.
Ele trouxe ainda figos, damascos e lentilhas mas após Maria receber os sacramentos, ela só comeu três lentilhas.
Agradeceu a ele e suplicou que ele retornasse no ano seguinte.
De acordo com a tradição, Santa Maria morreu certa noite e deixou uma mensagem ao monge seu amigo, a qual ela teria escrito em um pedaço de pedra com outra pedra, e dizia o seguinte :
"Padre Zósimo, enterre o corpo desta Maria pecadora aqui. Devolva a terra o que é apenas terra, e ore por mim".
Ele reverenciou Maria o resto de sua vida. Ele a chamava de Maria, a Egípcia, ela viveu 78 anos.
Na arte litúrgica da Igreja. Ela é mostrada com um longo cabelo com o seu emblema, três pedaços de pão.
Ela também é mostrada com Maria Madalena, com a qual ela é freqüentemente confundida, mas Madalena carrega uma jarra de óleo e ela apenas as três fatias de pão.Ela é mostrada ainda sentada em baixo de uma palmeira no deserto, ou lavando os cabelos no Jordão, ou olhando o rio Jordão a distancia, ou sendo expulsa de uma igreja por um anjo com uma espada, ou recebendo a sagrada comunhão de São Zósimo.
Santa Maria Aegyptica, como é chamada, é a muito popular no leste mas no ocidente seu culto não é pequeno.
Sua festa é celebrada no dia 2 de abril na igreja católica e no dia 9 de abril na igreja ortodoxa grega.
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